Acidentes com perfurocortantes e exposição de mucosas! O que fazer? |
a) Classificar a exposição b) Determinar e avaliar a fonte de exposição mediante antecedentes médicos, condutas de riscos e testes para hepatite B/C e HIV. Quais exames solicitar? 1) Para o funcionário que sofreu a exposição: AntiHIV (Elisa), HBsAg (Elisa), AntiHCV e hemograma (caso o paciente-fonte seja HIV positivo). 2) Para o paciente-fonte: AntiHIV (teste rápido), HBsAg (teste rápido) e AntiHCV. 1) Se fonte for desconhecida e de alto risco (usuários droga, pacientes em diálise, homossexuais masculinos, áreas de alta endemicidade HBV, prisões, instituições fechadas para doentes mentais, promiscuidade sexual, DSTs) tratar como se fosse HbsAg positivo. 2) É importante enfatizar que existe o teste rápido para HbsAg 3) Se for anti-HBs positivo (título > 10 mlU/ml) não tratar Se for anti-HBs negativo (título < 10 mlU/ml) fazer HBIG e vacina (nova série 3 doses). Dose da HBIG = 0,06ml/kg IM Vacina = série de três doses: 0, 1 e 6 meses. *Agulha com lumen de grande calibre, punção profunda, sangue visível no instrumento ou agulha usada na veia ou artéria do paciente (1) Fonte com sorologia desconhecida = paciente fonte falecido sem amostras disponíveis para testagem ou paciente “desaparecido”. (2) Fonte desconhecida = objeto pérfuro-cortante já desprezado (fonte?) ** Nestas situações o tratamento deve ser opcional, baseado em decisão consensual entre o médico e a pessoa exposta. Devem ser considerados locais de risco, para fonte desconhecida, as áreas do hospital em que são tratados rotineiramente pacientes HIV (+). #Quando o tratamento é iniciado antes que se determine a situação sorológica do paciente fonte (teste rápido anti-HIV), o mesmo deverá ser suspenso se o resultado da sorologia for negativo. Esquemas normalmente empregados: 2 drogas - AZT + 3TC 3 drogas – AZT + 3TC + Lopinavir/ritonavir ou AZT + 3TC + Atazanavir/ritonavir. Se o paciente-fonte já fizer uso de ARVs o esquema de PEP deverá ser individualizado (consultar equipe da Infectologia). Grande volume: contato prolongado ou grande quantidade de material biológico de risco Material biológico de risco: sangue ou materiais contendo sangue; avaliar individualmente exposições a fluidos potencialmente infectantes (risco baixo/indeterminado): líquidos de serosas, líquido amniótico, líquor e líquido articular (1) Fonte com sorologia desconhecida = paciente fonte falecido sem amostras disponíveis para testagem / paciente “desaparecido”. (2) Fonte desconhecida = Contato com sangue desprezado inapropriadamente (fonte?) ** Nestas situações o tratamento deve ser opcional, baseado em decisão consensual entre o médico e a pessoa exposta. Devem ser considerados locais de risco para fonte desconhecida as áreas do hospital em que são tratados rotineiramente pacientes HIV+ . Quando o tratamento é iniciado antes que se determine a situação sorológica do paciente fonte (teste rápido anti-HIV), o mesmo deverá ser suspenso se o resultado da sorologia for negativo. Esquemas normalmente empregados: 2 drogas - AZT + 3TC e 3 drogas – AZT + 3TC + Lopinavir/ritonavir ou AZT + 3TC + Atazanavir/ritonavir. Se o paciente-fonte já fizer uso de ARVs o esquema de PEP deverá ser individualizado (consultar equipe da Infectologia). Doses dos antiretrovirais recomendadas :
3TC – apresentação comprimidos de 150 mg – 01 comprimido de 12/12h ( com ou sem alimentos) Há disponível o BIOVIR ( AZT- 300 + 3TC - 100) - 01 comprimido de 12/12h ( com ou sem alimentos) TDF – apresentação de comprimidos de 300 mg – 01 comprimido a cada 24 h (com alimento) ddI EC – cápsulas de 250mg (< 60Kg) e cápsulas de 400mg (> 60 KG) – devem ser tomados em jejum
HEPATITE C
Fonte: David N. Gilbert, e colaboradores. Guia Sanford, Guia de Terapêutica Antimicrobiana 2012. “Adaptado das recomendações dos CDC, MMWR 54 (RR-9), 2005, disponíveis em www.cdc.gov/mmwr/indrr2005.html” |